segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Um Cantinho/ Um Lar - BC comemorativa








Hoje, mais uma data festiva convida pra interação nessa nossa blogosfera enlaçada, o aniversário do Blog : Meu Cantinho( link), da Jack, completando 5 anos  de vivências.

Fazendo um gostoso passeio por suas lembranças, a anfitriã conta-nos um pouco sobre suas descobertas e cuidados com seu "cantinho", seu lar e, deixa escrito em quadro decorado uma reflexão aos participantes: O que é Lar pra você e, como é o seu Cantinho?

Por mais clichê que possa parecer, eu confirmo na vivência dos anos corridos que sim, Lar é onde aconchegamos e acolhemos nossos amados. Onde construímos base e conforto, carinhos e cuidados, porto e pier, garantindo a segurança amorosa dos que aqui ficam, dos que aqui partem, dos aqui chegam.

Tive alguns cantinhos bem queridos. Por hoje, voltei pr'aquele que nem imaginava voltar.Movimentos da vida, força de ventos ríspidos, agora calmos, agora brisas. Retornei com apenas o estritamente necessário e, aos poucos fui remodelando, consertando, mobiliando, compondo na medida do possível. Ainda há espaços e composições por arrumar, mas não me abalo como antes. 

Vou em velocidade de cruzeiro, com um olho na bússola e outro na sacada. Escolho as cores dos dias e uso aquarela ou marmorizados pra compor meu cantinho- ninho ainda inacabado. 

Vou pintando-decorando conforme dá, sem perder de vista as intenções desenhadas em meus planos.



Tendo a baía como testemunha e moldura, refiz aqui meu Lar, recomeço, o antigo que se fez novo de novo.



Passos novos em terrenos conhecidos, mas não iguais; marés retomadas, ventos contornados, calçadas abertas, ladrilhar... meu cantinho/ meu Lar. 

Descobri que sou versátil, abraço com determinação as mudanças que a vida traz.

Em boa hora recebi o gentil convite e parabenizo a Jack pela feliz comemoração!Parabéns, querida!



terça-feira, 22 de agosto de 2017

AGRADECER - BC comemorativa






" O Amor é a ponte entre você e todo o resto".
( Rumi)


Assisto entusiasmada no correr dos últimos anos ao importante despertar do sentimento de gratidão abrangente em alto e bom som, propagado em mínimos e máximos. É lembrado, pintado, falado, aconselhado, ressaltado, incentivado e aplaudido com tamanha ênfase que, acredito esteja mesmo se incorporando aos hábitos das pessoas do bem.

Me dei conta ao longo das vivências, que éramos gerações de pedintes aos céus.Pouquíssimas vezes encontrei nas recitações menção de agradecimento.Isto foi me causando estranheza, tomando forma de distanciamento nas minhas práticas religiosas, destacando o automatismo acontecido na palavra " obrigado", incomodando-me a ponto de trocá-la por " agradecida". Achava que refletia melhor meu estado de espírito diante d'um fato merecedor.Comecei a ter cuidados ao ato de agradecer, fosse a um semelhante, fosse em conversas com Deus.Fui retocando práticas, substituindo outras, abraçando algumas que se me caíam aos olhos e clareavam a mente.

Cheguei a esmiuçar os versos da canção do Gil: "Se eu quiser falar com Deus" e, identificar ali quantas verdades continham, quantos resgates frutíferos ao plantio de valores e princípios esquecidos.

Agradecer, palavrinha fácil, prenhe de conforto que só é experimentado se ela for de fato sentida e vivida em sua aplicação.

Creio, que muita gente tem se dado conta do quanto viver nesta perspectiva traz motivações renovadas, refaz velhos conceitos e aprimora valores que não devem ficar sob  entulho do orgulho néscio. 


Agradeço meu dia-a-dia.
Agradeço minha vida jubilosa.
Agradeço meus amados e amadas,
Agradeço as alegrias renovadas.

Agradeço o ar presente,
 o mar, o céu, a flor silente.
Agradeço as benesses repetidas.
Agradeço ás amigas e amigos
me fazerem mais sorridente.


Muito Obrigada!





O tema  foi proposto pela amiga Rosélia, do (link) idade_espiritual.com.br, em convite da BC comemorativa para a festa de 8 anos do Blog.

Agradeço a você, Rosélia, por mais esta linda confraternização virtual.






sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Muito ou Pouco



( A Pensativa)


" O cotidiano mata a transcendência", disse Clarice Lispector, e reafirmo eu, por comprovação cabal do quanto o novelo diário nos enreda.Vamos deixando, procrastinando o correr dos dias no elenco do mais urgente, do compromisso pendente, do que não pode estar ausente e, não vemos que na outra ponta, extremo deste novelo, estamos nós atadas, embaraçadas, torvelinhadas, sem precedentes.

Primeiro eles. Primeiro elas; em segundo nível, a casa e suas necessidades, os afazeres, os perfazeres, os dias todos, nossas horas passadas. Somos ventania pelos cômodos da casa, pelas calçadas lotadas, cumprindo uma agenda memorizada.E nós, esfumaçadas, quase aladas. 

Onde deixei minha essência? Onde está minha consistência? Cadê minha permanência...

Naquilo que nos absorve, 
seja  por muito ou pouco tempo,
 traz inserido na mistura da existência, 
o muito ou o pouco que lhe dá forma,
 consistência. 
Muito ou pouco sal, preferência.
 Muito ou pouco açúcar, tendência.
Muito ou pouco tempo, paciência.
Muito ou pouco vagar, consciência.
Muito ou pouco ajudar, transcendência.
Muito ou pouco julgar, inteligência. 


Perdida não está. Escondida, talvez. Venho removendo os entulhos que me soterraram por tempos e recomeço a distinguir minha forma, meus gostos, meu jeito; aparecer, pra nunca mais sumir.