segunda-feira, 31 de março de 2014

Cores e brincadeiras na semana - Bcs da Anne e da Chica



Uma coisa que leva á outra e as duas á outras mais se ligam.Assim vejo as BCs que nesta semana convidam todos e todas a participarem desta roda brincante e aprendente.


A Anne nos chama pra juntos(as) refletirmos sobre esse processo de vida que é o Aprender!





O aprender tem início no primeiro ar que nos chega e terá talvez sua finitude quando não mais pudermos sorvê-lo.

Aprender é consequência natural do viver! 





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Na cantiga que segue a roda, chega a Chica e nos convida a continuar a brincadeira.O tema é conhecido e tem regionalidades que lhe conferem diferenciais. Vale a pena pesquisar sobre o uso ancestral deste brinquedo e se espantar com suas aplicações por diferentes povos ao longo do tempo.











Recentemente o Rio virou mais um cenário fotografado pelo americano Evan Reinheimer que utiliza pipas para filmar e fotografar cartões postais pelo mundo.



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domingo, 30 de março de 2014

Contos Estelares










Mesmo sem o clarão da lua, ainda assim a noite era clara, pontilhada de estrelas; fundo azul fechado pintado de luzes.Vira há muito um filme onde a filha cientista criara uma nave e fora ao encontro do pai num desvão do céu daqui e de outro de lá.Faria uma também, contava baixinho para as três irmãs luzentes,suas confidentes noturnas sempre ouvintes, sempre sorridentes; Mintaka,Alnilan e Alnitaka, três marias companheiras de muitas noites, precursoras de novos dias cheios de esperanças renovadas. 


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Puxara fundo o ar da noite, daquela primeira depois de muitas outras antevistas apenas pela fresta da janela urbana, tão restrita.Inconformada, espalhava aos ventos seus desagrados em não ter o céu largo e profundo sobre a cabeça.Essa falta lhe tolhia o pensamento, embaçava o olhar, diminuía-lhe o fluxo impetuoso do criar e a fazia chorar.Queria um céu amplo, um vagar sem bloqueios, sem telhados...Decidida lustrou noite após noite suas estrelas confiante na realização de seu desejo e agora sorria agradecida a luz vertida pelo céu que lhe cobria.



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Imagem: wehweartit

quinta-feira, 27 de março de 2014

Quem conduz teus sonhos ?








Em meio ao trânsito da avenida um utilitário pequeno, desses de carroceria fechada, me ultrapassa pondo-se à minha frente no exato momento do fechamento do sinal da rua.O que me era hábito automático na direção muda de foco ao chamar minha atenção para o adesivo preso no vidro traseiro do tal utilitário que, no desenho dum grande balão de revista em quadrinho vinha escrito: " Conduzindo sonhos."

Que sonhos seriam estes? Me encafifei com a declaração chamativa.Olhei pra carroceria e não vi nada mais que me desse uma pista.Assim que o sinal abriu o volume de carros deu partida em marcha lenta devido ao afunilamento da via para onde convergia a avenida da qual saímos.Numa oportuna manobra consegui emparelhar ao tal carro e esquadrinhei as janelas, mas nada me saltava aos olhos; os adesivos fumês neles não permitiam nem uma visaozinha de seu interior.Percorremos mais de 800 metros lado a lado e eu com um olho no fluxo e outro no utilitário seguia curiosíssima tentando a todo custo descobrir qual era a tal carga anunciada no reclame traseiro.

Quais sonhos conduziria aquele motorista distraído em seu ritmo rotineiro.Em sua expressão nada havia que denotasse orgulho ou satisfação pela importância do transporte que fazia.Sem sucesso em minhas tentativas detetivescas, tomei meu rumo me distanciando daquele intrigante veículo e segui minha direção com os olhos no trânsito e os pensamentos divagando...Se fosse eu a condutora de sonhos, como me sentiria diante de tão importante tarefa? Com certeza, privilegiada com a honraria e faria de tudo pra corresponder à altura da missão que me fora confiada.Conduzir sonhos é tarefa de suma importância.É ter em mãos planos de vida, desejos, emoções, aspirações, ou mesmo simples realizações que podem tornar melhor o dia de alguém e nem por isso menos importante que os grande sonhos que inflam expectativas futuras e movem montanhas.

Seriam sonhos de moças casadoiras que iriam arrumados em caixas decoradas dentro do bagageiro?Seriam sonhos festivos para aniversários infantis?Seriam sonhos maduros duma feliz e segura aposentadoria? Seriam sonhos alegres desses que aumentam as famílias? Seriam sonhos de aventuras? Seriam sonhos de conhecer o mundo todo?Talvez fossem sonhos doces, aqueles com uma linda nuvem de açúcar por cima.

Em algum momento da vida todos nós já conduzimos sonhos, os nossos, os de outros e em certa feita até pudemos ter confiado a alguém tal incumbência nos deixando como expectadores dos próprios sonhos;se isso foi agradável ou não é outra conversa.Pais conduzem os sonhos dos filhos pequenos,o perigo é não quererem largar o timão quando estes se tornam adultos.Professores dão condução a inúmeros sonhos e portanto têm a responsabilidade de orientarem as direções de cada um.

E com você como acontece, quem conduz teus sonhos?



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Imagem: ilustração de Mary Blair

segunda-feira, 24 de março de 2014

O cotidiano milagre da vida












Por mais que nos assombremos com todos os avanços da tecnologia em múltiplas variedades, ainda é e sempre será o cotidiano milagre da vida que nos surpreenderá a cada acontecimento.Não tenho a data específica de quando foi que nos distanciamos da essência natural que somos, mas isso ocorreu sem sombra de dúvida, mesmo que para uma parcela da humanidade.A parcela que gestou e viveu nos centros urbanos, que foi pouco a pouco distanciando-se duma vivência mais integrada com a natureza em todas as suas nuances.Os modernismos atrativos foram tecendo uma rede espessa que acabou por encobrir muitos dos instintos naturais que temos.Hoje em dia quando sentimos cheiro da terra molhada pelas primeiras chuvas somos tocados por esse sinal ancestral que carregamos mesmo sem nos darmos por ele, como uma consciência que existe lá no fundo adormecida e, que desperta ante um chamado natural.

Fatos absolutamente naturais como o parto normal, foram sendo relegados a uma categoria de primitivismo repudiada pela grande maioria das gestantes e também pela classe médica( salvo exceções).Claro é que as circunstâncias ditam as necessidades e se for preciso não há discussão, faz-se a cesárea e ponto, mas seria interessante não relegar-se as vias normais como absurdas e impossíveis. É verdade que o elo entre a mãe e seu bebê não é medido pelo tipo de parto, mas também é verdade que os momentos que o antecedem liberando os sinais no corpo materno que se prepara para o nascimento são a linguagem de que a vida está novamente acontecendo.Tem acontecido nos últimos anos inúmeros movimentos em prol desse resgate ao curso natural do qual viemos e do qual nos nutrimos como partes condicionantes do ciclo vital.

Em nossas rotinas sufocantes perdemos certas sensibilidades que encolhidas num lugar remoto, mal se deixam antever.Sofremos de baixa frequência sensitiva, principalmente se vivemos em centros urbanos, cercados por toneladas de concreto armado e outros minérios bloqueadores das vozes da natureza.Ficamos surdos e nem nos demos conta, aliás, só percebemos isso quando viajamos para locais de natureza plena ou parcial e lá nos surpreendemos com tudo á nossa volta, com a vida em abundância.Nos tornamos novamente perceptivos, animais com faro e sensibilidade para os sinais da vida pulsante; para a mudança dos ventos, para o movimento do mar, para o alarido dos pássaros, para o uivo dos cães, para o desconforto dos animais e os avisos que nos dão, para a aparição de animais silvestres, para as chegadas e para as partidas...

Estes são pra mim, os milagres cotidianos que a vida sempre nos brinda.



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Nota: a foto me foi gentilmente cedida pela autora, a mamãe da 
Laís que chegará em abril próximo.





sábado, 22 de março de 2014

Uma Imagem / 140 caracteres - III edição










Neste instante suspenso entre céu e terra sou inteiramente banhada pela sinfonia da natureza.


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Essa 3ª edição do projeto "Uma Imagem/140 caracteres", marca o início duma parceria bem afinada entre a Silvana, do blog:meus devaneiosescritos. blogspot.com 
e a Mari, do blog:devaneiosedesvairios.blogspot.A cada semana as organizadoras se alternam na blogagem.
Façam uma visita às organizadoras para saberem mais sobre o projeto. 




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quinta-feira, 20 de março de 2014

Ressonâncias aos Chamados Saudosos









A conversa sobre os chamados rendeu muitas e gostosas interações por aqui.Amigos e amigas participaram com tamanho entusiasmo que eu, animadíssima por toda esta ciranda alegre que se formou, venho fazer um apanhado de todas as ressonâncias acontecidas.Senti-me num ambiente festivo e, quero compartilhar este mesmo sentimento com vcs.Isto aumentou ainda mais a vontade de um dia podermos nos reunir pessoalmente. 

Assim chamaram:

 Chuva__  pede ser ouvida /chama rosquinha frita / aconchego ( Tina - Vivian - Marli)

Frio__ chama lareira e fondue / chocolate quente ( Beth - Anete)

Sol__ luz pela janela pede olhar para o céu / dia brilhante chama felicidade / pede janelas abertas, pede mar ( Chica - Vivian - Tina) 

Sorriso de criança__ chama abraços / pede colo - que chama carinho ( Vivian - Beth - Chica) 

Música__ chama vida / cantar - sorrir - poetizar ( Yasmine - Anete) 

Família __ chama Domingo - férias /amor / carinho / lar ( Rosélia - Beth)

Leituras __ boa / vinho+charuto / anotações ( Marli - Felis Junior - Tina)

Sabores__ cheiros chamam lembranças, pessoas, sabores / caldo pede pão - sardinha pede pão - molho no prato pede pão /  cheiro de bolo chama lar /bolinho com chá/ frango caipira chama angu e quiabo / feijoada chama uma boa pinga ( Tina - Beth - Bell -Toninho)


Ressonâncias  alvissareiras, cotidianas presenças, sabores marcantes, levezas e aromas,enlevos,contemplações, sentires, amores e felizes interações!
Obrigada!




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Imagem: pinterest( lolalina)

terça-feira, 18 de março de 2014

Chamados saudosos e outros acontecidos










Há certas combinações que perduram séculos e por mais que coloquemos razões para desconfiarmos delas, no fundo, no fundo, fica uma dúvida boiando teimosa...será? Tem quem nem cogita discutir a validade, aceita como fato e pronto. Tem quem nem admita que tal possibilidade possa ser levada a sério e passa ao largo sem perturbar-se.Tem pra todos os gostos; aceitar ou não é foro íntimo.

Combinados, tradições, crendices sempre existiram e existirão enquanto o mundo for mundo e no dia que deixar de ser, outros espaços conterão os seus porque, saudade chama história e a história confirma nossas raízes.É irresistível a atração pela história ou estória em qualquer ocasião e se for rodeada de saudade, aí então é que Ela toma todos os espaços e derrama sua seiva fértil não deixando ninguém incólume ao seu carisma.Contamos, ouvimos, vivemos e revivemos causos, fatos, saberes, sabores e neles embarcamos resolutos sem colete salva-vidas.

Quantas saudades narradas nos moveram a remexer em álbuns de fotos antigas ou ainda em ir para a cozinha e tentar acertar aquela iguaria que a rotulou? Saudade chama história assim como a música.Ambas são arautos de mil e uma lembranças.E nesta toada também combinamos  pendores e sabores.Um feijão chama arroz.Uma bela "pasta" chama um vinho. Pipoca chama guaraná.Café chama bolo.Chá chama torrada...

Quando em pequena eu ouvia minha avó dizer que um bom caldo pedia um pãozinho. Eu não atinava porque ela usava o verbo pedir ao invés de acompanhar; pura questão de uso regional.O primeiro cabe mais ajeitadinho no jeito familiar de montar um combinado testado e aprovado.Se fosse hoje em dia talvez ela pudesse chamar esta dupla de "combo" ou então de " le formule", esta última seria mais ao gosto dela.Pedir ou chamar, no fim das contas, acabam por selar um combinado esperado e que quando acontecido apura o prazer contido nele.

Entardecer chama música.Dia chuvoso chama aconchego, leitura ou um filme.Calor chama banho de mar ou piscina.Criança chama brincadeira.Amigos reunidos chamam festa.Natureza exuberante chama enlevo.Fotografia chama recordação. Desalento chama tristeza.Nascimento chama alegria...E pra vc, que chamados são imperdíveis?Me conta aí, vai! 



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Imagem: pinterest( romadali)

segunda-feira, 17 de março de 2014

Vamos Brincar com a Chica ?







O bom é já pela manhã topar animados convites e este feito pela querida Chica é irresistível.





Então, a hora é agora. O momento é já. Pra brincar nunca é cedo! 
Vá até o blog " Sementes da Chica" e saiba mais sobre o desafio.






Brincadeira todo dia traz vida à vida! 

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Anime-se também e venha brincar conosco.
:) Ótima semana pra vcs!



sábado, 15 de março de 2014

Hora da bóia - historinha para as crianças





No caminho pela areia vimos, eu e meu neto, esta graciosa moradora da praia.Ficamos a uma certa distância acompanhando seu passeio e criando histórias sobre ela.Assim surgiram as quadrinhas da:


Dona Garça Pescadora





 Calma manhã
passeia a garça,
 flana e disfarça
seu breve pisar.

Foge do rumor,
procura abrigo,
 nas fendas correntes
do vasto mar.

Finge que vai,
logo se volta,
seu intento não é
o de se alongar.





È hora da bóia
que anuncia
vir chegando
nas águas do mar. 

Esperta espreita,
no vai-e-vem
as gostosuras
que irá pescar. 

Hum!!!:)



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sexta-feira, 14 de março de 2014

Poesia todo dia e hoje também











Mando doce
 teu chamado
me acende
em luz igual
 ao céu matinal
 em riso fluente,
desvio do igual;
atalho velado
só encontrado
se por teus olhos
soprados forem
os veios suaves,
outros gostares,
faces não vistas
a olhos vendados
pra ti, Poesia, 
presença querida
constante, sentida
nos dias aflorados
por tua melodia.


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Hoje, 14 de março comemora-se o dia Nacional da Poesia, aniversário de nascimento de Castro Alves. Parabenizo festivamente a todos os 
(as) poetas, estes e estas, que atiçam as cores dos dias. 




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Imagem: wehartit



quarta-feira, 12 de março de 2014

Uma Tag e outras considerações









Na Tag que fui convidada pela Ailime, do: ailime-sinais.blogspot (Aqui) a participar, a proposta é para listar 7 coisas que gosto.Isto é um exercício muito bom.Todas as vezes que paramos para fazê-lo estamos enviando uma mensagem para nós mesmos(as), a de que existem muitas satisfações em nossos dias e nos dão bons incentivos para a vivências cotidianas.

Começando a preparar este post,constatei que muitas das sete coisas já estão enfileiradas na barra lateral do blog, não é mesmo? Fui ali colocando algumas das minhas preferências: escrever/blogar, ler, sutilezas, natureza em detalhes...por isso vi que sobrariam poucos ítens para acrescentar aos já existentes, mas vou completar todo o conjunto pondo em ordem arrumadinha:
gosto de estar em família,de ler, escrever e blogar, de conviver com amigas(os), de sossegos proveitosos, de curtir artes e culturas, de fotografar, de dançar, de cantar, de viajar... êpa passei da conta, rsrs.E, só neste instantinho que usei para fazer esta listinha, já me vi sorrindo, lembrando, desejando retomar alguns dos gostos que não desfruto há muito como dançar e cantar. 





Gostos são os destaques visíveis d'alma e vão conferindo eloquência à nossa identidade.Quando sabemos que ao participarmos duma coletividade as pessoas se preocupam em atender nossos gostos, ficamos tocados(as) com estas demonstrações carinhosas e guardamos tais gestos na memória afetiva. 

Há outros desdobramentos sobre os gostos, aqueles que não gostamos mas, que queremos um dia poder vir a gostar, tipo: ensopadinho de jiló.Destes, existem ainda os mais amargos que legumes ou quaisquer outros sabores não apreciados.Na minha lista de "desgostos" aponto:
os descasos com a Educação brasileira, as omissões com a saúde pública e privada, o sucateamento da qualidade de vida nas grandes cidades, o desprezo pela vida humana, a insegurança, os aviltes à natureza, os descalabros da classe política brasileira e, vou parar por aqui só pra que essa lista não me tire o sorriso que a anterior colocou-me no rosto. 




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segunda-feira, 10 de março de 2014

Entre céu e mar, mas não só...










Confesso que esta novíssima modalidade, digamos esportiva, o stand up paddle, muito me atrai.Quando vejo algum praticante me quedo um tempo apreciando o deslizar macio do remador(a) sobre o suave balanço do mar. Dá até para cantarolar bossa nova ao ritmo dos movimentos do praticante: "a pranchinha vai, a tardinha cai..."

Imagino que deva ser uma sensação altamente desestressante estar-se entre céu e mar singrando mansamente. Em algumas ocasiões tive o deleite de poder desfrutar a vista do mar para a praia dentro de embarcações e a perspectiva é diferente do conhecido e, acho que se isso acontecer sem o barulho do motor, a integração com os sons naturais deve ser intensa.

A prática do remo em pé tem origem nos anos 60, nas ilhas havaianas, onde os chamados Beach Boys, o equivalente aos animadores de atividades no turismo, ficavam de pé remando em suas longas pranchas para tirarem fotos dos turistas aprendendo a surfar*.Acho que fizeram tanto sucesso com esta prática que muita gente preferiu aprender aquela proeza do que o exaustivo surf e, cá chegamos nesse milênio com a moda do remo em pé atraindo cada vez mais novos adeptos.

Em meio ao depoimento dado para a TV, um instrutor da modalidade afirmou que para adquirir-se domínio sobre o esporte era necessário desenvolver bem duas habilidades: equilíbrio e paciência; como em tudo na vida.Juntando ao pacote entusiasmo e vontade estará garantido o êxito na prática do remo em pé, assim eu pensava.O que me fez duvidar desta equação redondinha, foi um episódio visto dias atrás na praia onde uma moça praticava lindamente esse esporte a uma distância correta da linha de rebentação quando vieram em alta velocidade em sua direção três jet skis pilotados por indivíduos da espécie" homus stupidus" gritando para que ela saísse da frente e tomasse cuidado.A moça imediatamente sentou-se na prancha e agarrando-se nela conseguiu se manter à flor d'água durante o brusco movimento das marolas provocadas pelos três irresponsáveis que ganharam vaias e outros atributos por parte dos banhistas que tudo presenciaram.

Tenho de avisar ao dito instrutor que outras habilidades precisam ser adicionadas ao esporte em águas brasileiras, tipo: cautela com os sem-noção, atenção com o entorno e perseverança, muita perseverança.




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*Fonte: wikipédia
Imagem:cabidecolorido.com

domingo, 9 de março de 2014

BC - Uma Imagem/140 caracteres - 1ª edição de 2014











 No balanço suave que a brisa provoca, 
os pensamentos são asas coloridas em vôo. 



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Retomada do Projeto: Uma imagem/140 caracteres, agora sob a organização da Silvana Haddad, do blog: meusdevaneiosescritos.blogspot.com. (Aqui)
Seja bem-vinda, Sil.


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sábado, 8 de março de 2014

Essência Feminina









Às avós, mães, filhas, netas, todas elas...


"Por elas;
que se dêem conta de como sua vida é preciosa, de como, apesar de quaisquer imperfeições, elas são exatamente os baluartes, as pedras de toque, as notas fundamentais, os paradigmas necessários[...]" * à constância de toda a Vida. 



À todas nós, 
matrizes, 
nutrizes,
raízes felizes, 
fontes luzentes,
 da criação;
Um AVE, 
ecoado
pelos ares, 
pela terra,
pelos mares,
cadenciado
no ritmo
do coração.


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" As minhas mãos mantém as estrelas,
Seguro a minha alma para que não se quebre
A melodia que vai de flor em flor.
Arranco o mar do mar e ponho-o em mim
E o bater do meu coração sustenta o ritmo das coisas[...]" 

( Sophia de Mello Andressen - As minhas mãos) 




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Um afetuoso abraço à todas vcs, mulheres maravilhosas!




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* Clarissa Estés(trecho)
Imagem: pinterest(hypless)

quarta-feira, 5 de março de 2014

Apreciando momentos











Por aqui, diz a meteo, que o céu está parcialmente nublado, mas o que vejo são brancos novelinhos  fofos adornando grandes espaços azuis dando-lhes um enfeite a mais nessa manhã da qual sorvo o silêncio à minha volta.Hoje, quando os ânimos momescos diminuem, há uma lenta volta à calma, um lembrete ao corpo e ao espírito de que é preciso extravasar e celebrar, mas que também é preciso pausar, verbo novo de sentido antigo. 

Nesta nossa cultura da agitação, do tempo finito, vivemos sob pressão constante,em ritmo acelerado dentro e fora de casa que nos amarra nas inúmeras pontas marcadas pelo ponteiro dos segundos.De tão ligados no piloto automático nem relativizamos o que é desnecessário e vamos cumprindo tudo no modo programado e com isso acumulando milhas e perdendo horas de sossego simplesmente. Aquele sossego que não precisa de marcação, acontece naturalmente feito fruto polpudo e suculento que pode e deve ser saboreado quando o apetite aparece.

Um pouco só, nada além deste sossego medido a nos oferecer um cadinho de recolhimento, um pensar solto, um nada fazer, um tudo apreciar, um deixar que chova na roupa do varal e assistir ao balé do vento como se estivesse numa sala de espetáculos consagrados.Ficar-se um pouco neste lugar que desenha no mapa dos dias o vale verdejante que separa a pressa barulhenta do sossego silencioso é tratamento de saúde, reeducação alimentar para o corpo e o espírito.A quietude  singular reverbera em pluralidades e a gente viaja sem sair do lugar, mas aprecia cada trecho da paisagem.





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Imagem: tumblr