quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo


Nada a mais

(Roberta Faria_ trecho) 

"... Reclamar é tão fácil. Mais do que isso, é o que nos dá assunto. Pode reparar nas suas rodas de conversa, quanto tempo as pessoas passam lamentando alguma coisa e, quanto passam celebrando suas graças?Aposto que, assim como no meu mundo, se fala mais mal do que bem, seja qual for o assunto. Lamentamos o que não temos. O que queríamos e não podemos.O que não é de nosso jeito. O que outros têm, mas nós é que merecíamos.
E vamos considerando, ao ponto de que, diante de tanta reclamação, mostrar-se satisfeito é quase provocação.Como se, ao dizer que estamos felizes conosco mesmos, com a vida, com nossa sorte, nossas venturas, a gente estivesse sendo arrogante, metido, egoísta.
Então, nessa cultura do nada-nunca-é-bom-o-bastante, esquecemos de agradecer.Não os "obrigada" das coisas pequenas.Esses são fáceis, só uma palavrinha. Mas a gratidão pelas coisas importantes. A começar por perceber quantas dádivas há para agradecer.Com olhar calibrado para notar só as bolachas que faltam, não conseguimos reconhecer as que já temos.Encaramos as graças da vida quase como direitos garantidos: o teto, a comida,o amor, o conhecimento, a saúde,o trabalho, as amizades, o lazer___ por que agradecer por tudo isso(?), se é meu, eu fiz, eu batalhei, eu paguei, eu mereço!
Ah, mas esquecemos que nada disso é certeza perpétua__ e pode mudar quando virarmos a esquina... o que é mais do que razão para pararmos de olhar as faltas que acontecem e celebrarmos os feitos.E, não ignorarmos que nada disso é gratuito, mesmo que tenhamos recebido de graça.Se temos o que temos, se somos quem somos, devemos tudo ás pessoas que nos criaram, nos ensinaram e acompanharam, que nos aceitaram e ajudaram, que se esforçaram para nos ver felizes e providenciaram que nossas necessidades fossem satisfeitas nos garantindo uma caminhada , no mínimo, segura.
A vida que temos já é maravilhosa,por ser vida,e não valorizá-la é como deixar de merecê-la....Troquemos então, o tempo gasto com lamentos por um tempo de gratidão reconhecida e praticada em palavras e gestos[...]" 
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Obrigada gente querida,
por todas as partilhas maravilhosas que desfrutamos neste ano.

Desejo que vcs tenham
2012 motivos para: 

agradecer a cada manhã,
se alegrar a cada instante,
celebrar cada momento,
festejar saúde plena,
receber muito carinho,
chorar de felicidade,
sorrir com emoção,
e amar intensamente
com retribuição. 

Então fica combinado. Até 2012, pessoal!
Com carinho,
Calu


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

BOAS FESTAS


GENTE QUERIDA, 

lhes desejo um Natal abençoado.Que a poesia e a generosidade da data lhes traga o mais belo dos presentes:
a ventura de partilhá-la com a família e amigos queridos, celebrando-a com muitas alegrias e esperanças concretizadas.
Obrigada pelo carinho, amizade, atenção e alegria que salpicaram de brilho os meus dias.
Tenho-os(as) em muita consideração!
FELIZ NATAL! 
Bjos,
Calu

sábado, 17 de dezembro de 2011

Bate o Sino Pequenino...


Minha gente querida,

hoje acabo de receber mais um maravilhoso presente de Natal.
Minha filha está grávida, já,de 4 semanas.

Meu terceiro(a) netinho(a) chegará em julho /agosto.
Não é o máximo?

Agradeço aos céus mais esta benção e venho dividir com vcs , amigos(as) de blog esta felicidade .
Obrigada pelo carinho que vcs me dedicam.
Bjos cintilantes p/ vcs.








quinta-feira, 15 de dezembro de 2011


 "Tenho amigos tão bonitos.
Ninguém suspeita,
mas sou uma pessoa muito rica!"

Caio F. Abreu
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Obrigada gente querida,por acrescentar brilho aos meus dias.
Bjos, 
Calu

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Preparativos


Olhem os preparativos que ocorrem nos Céus.
Os Ventos ajeitam as cortinas de nuvens, 
o Sol se dobra filtrando luz,
o Mar reflete todas as cores 
da tela em brancos e azuis.
Tudo se enfeita e reluz. 
È tempo de Festa!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Rir È o Melhor Remédio_ Ontem, Hoje e Sempre


Vocês conhecem este ditado desde que se entendem por gente e ouviram que: " rir é o melhor remédio", mesmo estando com os joelhos ardendo dos ralados ou o ego doído pelo mico sofrido, há sempre alguém no meio disto tudo a repetir este ditado antigo.Ah, dirão vcs, tal conclusão é fácil pra quem está de fora da situação, mas amarga,dentro dela.
Era assim o pensamento corrente, no tempo dos nossos avós. Hoje sabemos que as pesquisas confirmadas sobre o benéfico efeito do riso comprovam o quanto esta manifestação natural contribui e muito para o bem-estar. Além das comprovações científicas, existem as testemunhais que por décadas aí estão a confirmar a veracidade desta típica sabedoria popular.E, um dos mais reconhecidos resultados vem através da atuação dos Doutores da Alegria, grupos de atores-palhaços que se constituíram a partir da iniciativa de Michael Cristensen em 1986. Daí, nasceu o Clown Care Unit, grupo de artistas especialmente treinado para levar alegria às crianças internadas nos hospitais de Nova Yorque.
A idéia espalhou-se mundo afora e hoje conta com muitas equipes treinadas na arte de levar o riso como remédio às crianças, seus pais, aos profissionais da saúde da instituição visitada e aonde mais for necessário.Visite o site da turma dos Doutores da Alegria e vc será contagiado(a).E,compondo o painel,o texto que se segue nos traz ótimas reflexões.

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O Charme do Bom- Humor
Ana Jácomo

Gente bem-humorada é um charme. Acho lindas as pessoas capazes de fazer o seu riso florescer e de compartilhá-lo nesse tempo do nosso mundo. Um tempo, talvez bem mais do que outros, tão desprovido de amor. Tão empobrecido de virtudes. De atmosfera tão pesada. De perigos já vividos e vários iminentes. Um tempo tão dodói. É claro que não falo do enganoso bom humor que passa pela ofensa. Pelo preconceito. Pela intolerância. Pela humilhação. Falo daquele que soma. Que perfuma. Que torna o cotidiano mais macio.


De certa maneira, conseguir ter algum bom humor num tempo assim é estar na contramão, pois muita gente hoje chega a estranhar manifestações de alegria. É se sujeitar a ser interpretado, muitas vezes, como alienado. Inconseqüente. Bobalhão. Mas, quem consegue, não liga. Ri, em vez de se importar, por poder acessar, vez ou outra, um lugar de leveza que a maioria não encontra mais nem acredita ainda existir. Na linguagem dos arquétipos, os bobos, os que não largaram a mão da sua criança divina, são importantíssimos em qualquer reino.

O riso genuíno é luminoso, mas as sombras, vestidas de inúmeras formas, batem à nossa porta o tempo inteiro para nos convidar a sucumbir. Um pequeno deslize e pronto: lá estamos nós sendo tragados pela areia movediça do medo e da negatividade. Os jornais não noticiam, mas há uma epidemia de desencanto que tem se propagado, numa velocidade inimaginável, no mundo. O contágio é fácil, fácil, a gente sabe, mesmo que não falemos muito a respeito. Bom humor, nos nossos dias, é qualidade rara. Mais do que isso: uma espécie de remédio natural capaz de minimizar os riscos de desenvolver a doença.

Felizes aqueles que ainda conseguem rir e fazer rir, apesar de. A vida deles, como qualquer outra, não é perfeita. Eles, tampouco, são perfeitos. Não são bem-humorados porque têm seus interesses organizados, distribuídos nas prateleiras certinhas. Desconfio que isso não seja possível pra nenhum tipo de gente, nesse tempo nem em qualquer outro. Mantêm o bom humor porque não desaprenderam a dançar ludicamente com a vida e sentem que mesmo que ela pise nos seus pés, de vez em quando, ela dança bem melhor com quem sabe brincar.
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Imagens: laugch/www.doutoresdaalegria.org.br


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O que Significa o Natal para Mim - BCN / Teia da Vida

Arte de Cathy Delanssay

È novamento tempo do Advento.E como num passe de mágica nos sentimos tocados pelo clima  de Natal.Entre preparativos, arrumações, descartes, compras e mais afazeres, caímos nos hábitos seculares e muitas das vezes nos esquecemos do motivo real da festa: a chegada do Menino e o que isto representa.Com longa caminhada percorrida, olho pra trás e vejo o quanto foi sendo em mim cultivado,o espírito de Natal.

Em criança, a euforia dos presentes, a montagem da árvore, as brincadeiras com os primos tomava a cena.Na adolescência isto tbém se dava, mas já havia uma consciência maior acerca dos sentimentos e da importância da família reunida á volta da mesa,celebrando.Na juventude eu era mãe e em todos os Natais em minha casa, me esmerei pra que tudo estivesse perfeito.Queria ser a mamãe-Noel de cada um , não só nos presentes, mas na figura que esta imagem traz.Então, mesmo com as crianças em idades variadas, eu fazia questão de ler para eles as bonitas histórias de Natal , mostrando o verdadeiro sentido daquela festa.

Consegui criar uma tradição familiar e mostrar que o Amor,a Boa Vontade, a União de todos era nosso maior presente.Ainda hoje, na maturidade, repito esta tradição e os filhos que passam conosco, já esperam esta minha maneira de celebrar a data.E sei, que os que não podem comparecer, trazem em seus corações a emoção deste instante de oração em família, pois o espírito do Natal que vive em nós não se apagará apesar da distância, afinal o Amor as desconhece, não é mesmo?
Embora, saibamos de todas as injustiças que acontecem, todos os descalabros, todas as agressões à vida, ainda assim,eu cultivo meus sonhos, ano a ano renovados com mais entusiasmo nesta época de profundo significado.

Sonho que o amor será cada vez mais presente em todos os atos, fatos e circunstâncias da vida.Que cada pessoa doará muito amor aos seus queridos, aos seus  amigos, aos conhecidos e desconhecidos,aos necessitados, aos animais, ao Planeta-Mãe que nos abriga e numa infinita e perpétua corrente estenderá todo o amor de que for capaz, Universo afora.Sonho que não haverá mais fome, nem miséria, nem doenças, nem guerras,nem violência e, que a humanidade se fará cada vez mais parte consciente e atuante do Uno-Criador.Eu sonho...


Celebrando o clima natalino, teci nesta guirlanda de sentimentos e desejos  todas as boas esperanças que nos acompanham nas diferentes Fases da Vida, na  caminhada pela Teia atada com um laço vermelho de Vida Nova enfeitando esta proposta da amiga Rosélia, na BCN: O que significa o Natal p/ mim!


Muita Paz, Alegrias,Encontros, Abraços,União, Luz e Amor p/ vcs.
Feliz Natal!
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sábado, 3 de dezembro de 2011

Alinhavos no Tempo



Quando os afazeres me davam trégua,corria pra sala de costura.Ou terá sido a de leitura?Mas nem tenho sala de leitura!Tenho sim meu sofázinho predileto,onde com as passagens em mãos, embarco para destinos fantásticos e exóticos, como o de onde acabo de retornar carregada das saudades de tudo que por lá vi e vivi.Dessa vez quem me deu de presente essa maravilhosa viagem foi a querida Beth Lilás,do Blog Mãe Gaia, ao me emprestar esse precioso livro da Maria Dueñas, "O Tempo entre Costuras."


Da Madri de meados dos anos 30 apenumbrada numa inevitável guerra civil que se consumaria logo, a protagonista, Sira Quiroga, exímia costureira, trabalhava com sua mãe numa das famosas casas de moda da capital espanhola levando uma vida pacata. Noiva dum candidato a servidor público,ás voltas com o trabalho no ateliê e os preparativos para seu casamento, nada lhe parecia capaz de mudar tal cenário.E é deste ponto que o destino caprichoso lhe suga num poderoso redemoinho indo deixá-la sozinha nas areias do chão da cidade marroquina de Tétuan. 




Palco de inúmeras tramas no Marrocos sob domínio espanhol, a cidade escolhida pela autora contribuiu com a dose de mistério necessária ao desenrolar do romance, mesclado de personagens fictícios e reais da história dos dois países. Com sua terra natal em guerra civil numa Europa à beira da 2ª grande guerra, abandonada à própria sorte, Sira precisa superar-se para sobreviver na desconhecida cidade.
"___ Meu velho mundo estava em guerra e o amor havia se evaporado dele, levando consigo meus bens e ilusões..."( palavras de Sira Quiroga) 




Durante o passeio , descobri curiosidades interessantes sobre as cidades de Tanger e Tétuan nos tumultuados anos 30 do século passado.Estes dois locais serviram de locação para o famoso filme "Marrocos",estrelado pela deslumbrante Marlene Dietrich, que causou polêmica em cena ousada para a época.Tendo como galã o charmoso Gary Cooper, foi indicada para o Oscar de melhor atriz. 


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E estes anos turbulentos viram surgir a vanguarda de Salvador Felipe Jacinto Dali, que  regressando à Espanha no final da década de 40,vindo dos EUA, dá início a sua fase de obras inspiradas nos grandes pintores do passado, como "A rendeira", de Vermeer e "A batalha de Tétuan", de Meissonier, entre outras. 


A batalha de Tétuan-Salvador Dali 
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Esta terra de magias, mistérios, intrigas e paixões está lhe convidando a percorrer suas ruas e histórias.Aventure-se!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Árvore a que Pertenço


Por uma troca de cabos, não pude trazer pra vcs as fotos do meu manacá floridinho.Desde outubro que ele salpica de roxo e branco o fundo do quintal, que fica todo perfumado ao entardecer. As flores nascem num roxinho vivo e brilhante e à medida que vão envelhecendo variam suas tonalidades de lilases até o branco total. 

Assim o arbusto ( que ele ainda o é) apresenta essa mistura linda de cores, representando as fases da vida da planta. Enquanto há flores-bebês, outras já são adolescentes, umas tantas maduras e, algumas velhinhas, mas o conjunto todo é de uma harmonia perfeita que transmite a serenidade e a certeza da beleza existente em cada fase da vida.

O espécime daqui de casa é também conhecido por Manacá-de-Cheiro. Floresce a maior parte do ano , para sorte nossa que podemos desfrutar de sua presença.
A pintora brasileira Tarsila do Amaral, amava essa árvore e a imortalizou numa obra maravilhosa.


Manacá-1927 
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E como flores e poesia são primas-irmãs, transcrevo o poeta Manoel de Barros, em perfeita união delas no poema:
Deus Disse 

Deus disse: Vou ajeitar a você um dom:
Vou pertencer você para uma árvore.
E pertenceu-me.
Escuto o perfume dos rios.
Sei que a voz das águas tem sotaque azul.
Sei botar cílio nos silêncios.
Para encontrar o azul eu uso pássaros.
Só não desejo cair em sensatez.
Não quero a boa razão das coisas.
Quero o feitiço das palavras.

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 È por tudo isso que eu pertenço ao meu Manacá em prosa e verso.

domingo, 27 de novembro de 2011

Presença do Cinza


Acho que sem pensar muito herdamos de nossa infância uma certa antipatia pelo cinza. São constantes as observações sobre um dia chuvoso:__ Hoje está feio. O céu está cinza.
Crescemos com esta visão, na maioria das vezes, e nem nos demos ao trabalho de rever este conceito.Até porque, as demais cores vibrantes são tão óbvias de beleza e encantamento que relegamos o pobre cinza à sua insignificância e lá o deixamos ficar, isolado e de preferência, escondido.

Mas, olhando com bondade, um dia cinzento tem suas belezas também.As nuvens que trazem a cor parecem fundir céus e terra numa gigantesca tela, hora escura, hora clara, mostrando que as nuances feitas dão contornos bonitos aos nossos horizontes e que as formas das coisas podem ser vislumbradas apesar da penumbra.

Preferível se fossem azuis? Sim! Mas é esta possibilidade de mudança que dá graça aos fatos, moldura aos dias, reflexões à mente e acalanto ao espírito.Em dias cinzas que convidam ao recolhimento, podemos, se quisermos, vasculhar o coração com olhos atentos;os mesmos que temos para tentar enxergar além das nuvens, além da garoa fina,e fazer descobertas, remexer guardados, tirar os véus e radiar-se para um dia azul.

Os cinzas nos permitem o recolhimento para estarmos renovados(as) nos azuis, nos amarelos, vermelhos... 
Luz/sombra, claro/escuro, todos matizes importantes no caleidoscópio da vida.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Um Dia Daqueles


Tava de bicho-carpinteiro,
e não era no corpo inteiro.
Era bicho irriquieto, 
comichento, 
que dá num dia 
de pouco vento.
Ao acordar, já sabia
que aquele dia prometia
panos pras mangas,
com todas as garantias.
Vai num pique a toda,
remexendo e revirando, 
o que tava em cima, 
passou pra baixo,
ficou de fora,
o que dentro estava,
mudou a hora, pintou
o sete,desfez a ponta,
raspou a tinta que
descascava, doou
a tela, tingiu a manta,
pregou no canto,
uns bons achados, 
então, por fim
varreu o pó que
havia deixado,
puxou um livro e se
recostou cansada,
tomou o chá na 
página marcada.
Olhou a tarde já
 findando, sorriu
contente pro dia
bem pontilhado
que virou e  sacudiu 
todo o sobrado. (Calu) 
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Imagens: We Heart It

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Olhos Passeadores

Vamos apenas passear. Olhos e coração ditam as palavras que as imagens ofertam.


Chuva de flores perfumando o dia. Feche o guarda-chuva e se molhe sem receio!


Nem tudo que parece árido, realmente está. A vida é surpreendente,não é Celina?


Água e transparência, combinação perfeita que reflete o belo! 


E a lua trazendo do Sol o brilho, incandesce o feito dos homens! 
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Imagens: MeMe, Uol,G1

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ferramenta da Vida


Nestes últimos dias tenho tropeçado em tantas palavras interessantes que longe de me causarem dor, só me tem trazido claridade, entusiasmo e esperança.Portanto, não resistindo a tão boa presença, partilho aqui com vcs, gente querida, mais umas palavrinhas preciosas, que creio, trarão mais brilho aos seus dias.
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A Palavra
[...] A palavra, que ferramenta.
É uma pena que haja tamanha displicência em relação ao seu uso.Poucos se dão conta de que ela é a chave que abre as portas mais emperradas, que ela facilita negociações, encurta caminhos, cria laços, aproxima as pessoas.Tanta gente nasce e morre sem dialogar com a vida.Contam coisas, falam por falar, mas não conversam, não usam a palavra como elemento de troca. Encantam-se pelo som da própria voz e, nessa onda narcísica, qualquer palavra lhes serve.
Mas não.Não serve qualquer uma.
A palavra exata é um pequeno diamante.Embeleza tudo: o convívio, o poema, o amor.
Quando a palavra não tem serventia alguma, o silêncio mantém-se no posto daquele que melhor fala por nós[...]

Martha Medeiros(trecho)
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Os meus dias tem sido acrescido de brilho especial com esta ferramenta, a palavra, que nos aproximou.
Que seus dias sejam de palavras iluminadas.
Calu

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Palavras Necessárias


Em outro dos meus passeios por uma livraria de meus amores, fui escolhida pelo livro que me cativou logo no título:"A Cidade das Palavras", de Alberto Manguel. Como tenho amor por idéias e palavras, fui seduzida num primeiro olhar e não me decepcionei.
Destaco o trecho abaixo em meio aos novos conhecimentos que o autor me proporcionou.

"... a linguagem é um ser vivo, que não reconta, mas representa o nosso passado.A linguagem"força a realidade a se manifestar", ela escava suas profundezas e traz à tona as situações fundamentais da condição humana, sejam elas grandiosas ou mesquinhas.
A linguagem nos dá a ver por que, afinal vivemos juntos.A maioria de nossas funções humanas é singular; não precisamos de ninguém para respirar, andar, comer ou dormir. Mas , precisamos dos outros para falar, para que nos devolvam o que dissemos.
A linguagem , declarou Döblin, é um modo de Amar os outros[...]"
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Autor: Alberto Manguel, in: A cidade das palavras (análise crítica/literatura e sociedade)
Referência: Alfredo Döblin__ médico neurologista e escritor polonês de origem judaica, adquiriu sucesso mundial com seu romance "Berlin Alexanderplatz", de 1929. Emigrou para os EUA em 1940, fugindo da invasão nazi.
Fonte : Wikipédia

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dois Cafés, s'il vous plait


Senta aí, fique à vontade.Desfrute de seu cafézinho que esse momento faz milagres em nosso dia.
Sabe, eu estava aqui rememorando os preparativos que fazemos quando vamos viajar. Eu, pelo menos, fico quase um mês antes anotando tudo que vou precisar pôr na mala, na necessaire, na sacola de mão,eh, pois mulher não sai de casa sem levar o básico(?), nunca se sabe do que podemos precisar em uma ocasião inesperada.Portanto, o lema é: esteja preparada para tudo!

Super válido para qualquer saidinha de casa, para além ou para ali.E, comprovamos, envaidecidas, que somos prevenidas até os dentes.Só que, muitas vezes esquecemos de agir assim no dia-dia. A capa da rotina encobre o inesperado e nos surpreende sem a bagagem de apoio. Aí,num suspiro profundo, nos descobrimos desorientadas, sem chão.Suprir necessidades do corpo é bem mais fácil do que as da alma. E, essas doem, latejam, não dando chance duma aspirina salvadora.

O que fazer agora? Nada que tenhamos à mão resolverá esta dor.Mas, nem tudo está perdido. Temos uma bagagem emocional maior que supomos e, nessas horas é ela que nos resgata do abismo que julgamos iminente.Mas como?, perguntarão vocês. ___Com posturas assertivas diante do fato, digo eu.Trazendo atitudes do cotidiano que podem ganhar a roupagem ideal para cada situação.Pensem comigo; o coração tá doído? Então utilize o lema ecológico: Reduza, Reutilize, Recicle. Teve uma desilusão? Rechace, Recupere-se, Renasça.
Com criatividade e boa aplicação o uso dos "3 erres" é de larga utilização.Vale a pena experimentar e passar a colocá-los como ítens permanentes da nossa bagagem emocional diuturna.


Em pausas não esperadas, lembre-se : Reaja, Reúna, Retome.
"O corpo reflete aquilo de que está cheio o coração!"
Calu 
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Imagens: sophie-gir, big

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Linhas Rabiscadas


Levante a mão aí,quem nunca rabiscou! Eu acho que serão pouquíssimos os apresentados.Uma tentação irresistível é ficar dando volteios com o lápis ou a caneta naquela pontinha final do caderno. E a última página, então? Essa é terra de ninguém. Enquanto o(a) professor(a) está lá na frente suando regras, os alunos(em sua maioria, né?)estão com um olho nele e outro na garatuja que surgiu no papel.

Uma bolota vira escudo do time.Uma linha, horizonte. Meio círculo, pode ser um sol, um bonequinho e quantas coisinhas mais a imaginação permitir.Mas, sendo justa, não são só os alunos não.Hoje, adultos,quem não tem um risca-rabisca na sua mesa de trabalho,heim?      Ô trocinho bem bolado, este!

Já foi comprovado que rabiscar é altamente positivo para incentivar diversas conexões ao mesmo estímulo.Deve ser por isso, que em todos os seminários, palestras e afins, ganha-se na entrada a famosa pastinha com bloquinho e caneta para anotações.Boa desculpa, não é?Porém, uma das importâncias de tudo isso, está no nosso olhar sobre esta ação tão habitual e inocente com saudosas recordações do tempo de colégio, quando fazíamos de rabiscos, imagens, representações,cenas, figuras e o que mais dali surgisse durante o tempo corrido da aula.Inutilidades? De jeito nenhum.

Estávamos desenvolvendo nossa capacidade de interagir e responder ás múltiplas exigências do momento e nos esforçávamos para dar conta de tudo, até conseguindo,na maioria das vezes.E, sem muita consciência nos preparávamos para as responsabilidades da vida adulta, com leveza, usando da brincadeira e da arte como suportes para deixar a imaginação voar. 


E agora? Quando temos nos dado esta chance novamente? Usarmos da brincadeira e da arte para suavizar a vida. Dar leveza ao que nos pesa. Dar simplicidade ao complicado?
Vivendo o nosso tão conturbado tempo, vejo a tremenda necessidade de voltarmos a rabiscar sonhos, a fazer dum borrão, um desenho animado e ajudar com lápis-de-cor a pintar carneirinhos no céu.
 Precisamos dessas possibilidades para nos recordarmos que somos capazes de criar cenas bonitas, singulares ou plurais, mas sempre traçando um desenho melhor a cada página da vida.
Calu
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Imagens: RevistaSuper, Boysen-Home

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Nosso Mar - Teia Ambiental


Esta é a parte final da enseada da praia de Piratininga, que corresponde ao agrupamento das três praias oceânicas na costa niteroiense.Até aí, nada diferente das formações costeiras desse nosso Brasil litorâneo.
As praias que formam essa baía são muito procuradas pelos banhistas de final de semana, tanto quanto os de veraneio, por se tratarem de praias limpas, fora da baía da Guanabara e tendo pouca urbanização em sua costa.
Era assim. Hoje, já proliferam prédios pra todo lado. Bem verdade que de gabarito baixo, mas deixa uma pergunta no ar: aonde estão sendo jogados os dejetos? E , agravando ainda mais a situação dos últimos cinco anos, tem sido recorrentemente visto filas de navios ancorados perto das três ilhotas a meio mar.Que ali ficam dias, esperando sua entrada no porto do Rio.Enquanto esperam, na certa, lavam seus tanques, seus entulhos e tudo o mais que lhes der na cabeça, no mar limpo, que seguidamente tem trazido ao quebra-mar, lixo e uma espuma esverdeada, gosmenta que suja toda a orla. 

Foto de Ronaldo Machado(morador) 

Perguntam-se as pessoas distintas: Onde está a fiscalização dessa atividade?Onde estão as autoridades competentes? E, nesse jogo de Onde está Wally, passam-se os dias, os meses, num entra e sai de navios alternados de semanas entre uns e outros fazendo da nossa região praieira antes tão intocada, agora vítima de descaso permanente.
Isso, sem mencionar os prejuízos para a atividade pesqueira existente aqui na região com uma grande concentração de colônias de pescadores, que vêem, muitas das vezes seu fruto de trabalho arruinado pela quantidade de lixo que vem nos arrastões. 

Foto de Laura Guimarães 

È  lamentável que, em pleno século da conscientização ambiental, ainda ocorram abusos como esses, sem que seja movido um òrgão público em sua defesa. Não tem faltado manifestações dos moradores e pescadores, porém a prefeitura da cidade está muito ocupada, cercando as pracinhas (7) em frente à praia, para revitalizá-las, sendo que a última revitalização ocorreu em 2009, e de lá pra cá tudo está em seu lugar.
Ninguém entende...pra falar o mínimo, sobre essas ações.
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Então, pra dar um toque de lirismo, numa clara esperança de que a natureza seja respeitada, trago Cecília Meireles, nossa poetisa que hoje, dia 07/11, nascia no Rio de Janeiro, fazendo da sua cidade natal, ponte para grande parte de sua obra. 

1901/ 1964 
Mar Absoluto (trecho) 

" O mar é só mar, desprovido de apegos,
matando-se e recuperando-se,
correndo como um touro azul por sua própria sombra,
e arremetendo com bravura contra ninguém,
e sendo depois a pura sombra de si mesmo,
por si mesmo vencido. É o seu grande exercício..."

Imagens: nitnews, escolabrasil.

sábado, 5 de novembro de 2011

Um Pé lá outro Cá



Começou pela manhã, numa inocente caminhada.Pés na areia, cabeça voando, barulho do mar e dos próprios passos.Impossível não divagar num dia claro assim, com um sol assim que convida ao mar, na cadência do pisar.E, caminhando e sonhando, fui lembrando           ( apesar do gerúndio) das muitas identidades que se vão revelando através dos dias, das necessidades, da força da vida que se impõe a toda hora mudando rumos, trocando senhas,abrindo trilhas...e, quem hoje diria, que um dia eu, já quis ser bailarina.Ter umno palco, bailar pelo famoso Lago; mas, nem cheguei a sentir a relva das margens. Um -de-vento maroto, o máximo que me permitiu, foi dar uns volteios pelos bailes da vida. 
Não cheguei a ser um -de-valsa, mas até hoje, dá pro gasto sem fazer muito feio no meio do salão.Fui aprendendo ao pé-da-letra, como se vai adaptando os passos de acordo com o ritmo, descompassando quando preciso, claro, porque ninguém gosta de ter pé pisado


E lá fui eu, pisando devagarinho no chão da cozinha, meio assustada, me fazendo de entendida, mesmo cheia de medo, resisti à vontade de dar no dali. E de fuxico em fuxico, piloto o fogão com certa desenvoltura e até uma pequena ousadia, quando tento por em prática tantas receitas bacanas que aprendo nos blogs de amigas. 


Prudência e equilíbrio são ingredientes básicos que logo comecei a usar aproveitando uns instantinhos de parada, pés pra cima, cabeça nas nuvens. 


Pena que momentos assim, são curtos e logo alguém chama, o telefone toca, a hora marcada chega e pondo os pés no chão, a realidade pega no pé sem dó. 


Acabou a caminhada, nesse devaneio sem  nem cabeça, parecendo centopéia desenhada me encontro novamente com o na cozinha, pois a turma vem faminta da cabeça aos pés.Então deixo nesse pé-de-página, o meu agradecimento à vc, que comigo pôs os pés nas nuvens.
Bjosss! 

Imagens: Fave, Janet Hill, Nikko Barber, Renato Silva